Segundo a OMS, obesidade é uma doença inflamatória crônica, podendo desencadear outras doenças sistêmicas e possui múltiplas causas que vão desde predisposição genética a hábitos de vida.
De acordo com dados do Ministério da Saúde mais de 50% da população brasileira está acima do peso e em 10 anos o índice de obesidade aumentou em 60%.
A sociedade e a mídia frequentemente propagam um padrão de imagem, de que para ser admirável é preciso ter um corpo magro e esbelto. Ocorre que a maior parte da população não se encaixa nesse padrão, isso faz com que a maioria das pessoas recorram a métodos arriscados, como o uso de medicamentos controlados, laxantes, diuréticos, ervas naturais, jejum por períodos prolongados e até mesmo excesso de atividade física.
Entretanto, esses medicamentos para emagrecer podem gerar efeitos colaterais como, alteração da pressão arterial, arritmias, crises de pânico, ansiedade, irritabilidade, insônia, diarreia e doenças inflamatórias intestinais. Ou seja, são uma ameaça importante para o organismo, colocando em risco a saúde e a vida da população, principalmente indivíduos com histórico de doenças prévias ou até mesmo aqueles que ainda não receberam um diagnóstico médico.
Algumas pessoas que acabam fazendo o uso incorreto de medicamentos para emagrecer, desejam uma solução rápida e fácil para o problema, devido não assimilar a importância de eliminar o peso de forma lenta e progressiva, preocupando-se unicamente com a perda de peso rápida e desconsiderando as consequências do uso imprudente de determinadas substâncias.
Medicamentos que são utilizados no tratamento de obesidade, assim como qualquer outro, devem ser prescritos e acompanhados pelo médico. Além disso, vale destacar que essas medicações funcionam como um complemento no tratamento e os resultados só serão satisfatórios e duradouros, se ocorrer uma mudança de hábitos na vida do paciente, associado a reeducação alimentar e atividade física. Na maioria dos casos, quando o uso do medicamento é interrompido, o paciente recupera o peso antigo, pois normalmente a ingesta alimentar volta a rotina, ocorrendo o temido “efeito sanfona”.
Outra classe de medicamentos utilizados para emagrecer são os ditos “naturais”, são fórmulas baseadas em uma mistura de substâncias, passando a falsa ideia de serem inofensivas ao organismo. Muitas pessoas acabam adquirindo esses produtos devido a promessa de emagrecimento rápido, eficaz e sem a necessidade de grandes mudanças, acreditando terem encontrado a solução para os seus problemas. Porém, nenhum medicamento é capaz de modificar hábitos alimentares e rotina. Essas “pílulas mágicas” possuem contraindicações e efeitos colaterais, podendo também causar danos à saúde.
Segundo a ANVISA,
“o consumo de medicamentos fitoterápicos, bem como plantas medicinais in natura, tem sido estimulado com base no mito “se é l não faz mal”. Porém, ao contrário da crença popular, eles podem ter diversas reações como intoxicações, enjoos, irritações, edemas nos braços) e até a morte, como qualquer outro medicamento”.
Para quem está determinado a emagrecer é indispensável conscientizar-se que, emagrecer de forma saudável requer disciplina, determinação, foco e persistência. De modo geral, tratando-se de sobrepeso e obesidade, não existem fórmulas mágicas, resultados imediatos ou fáceis. O indivíduo deve estar ciente que para atingir um resultado duradouro e satisfatório à saúde, o mais aconselhável é corrigir hábitos alimentares inadequados, mudar certas atitudes e rotinas e aumentar o gasto energético, através de atividade física.
Mudança comportamental é o segredo para a perda e manutenção do peso!
Antes de tomar medidas drásticas reavalie seus hábitos, sua rotina, sua relação com o alimento. E se preciso procure ajuda e orientação de profissionais sérios e habilitados. Não coloque a sua saúde em risco!
MAIANE MADALOZZO
Enfermeira
COREN/RS 353.615
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